ATA DA VIGÉSIMA QUARTA SESSÃO ORDINÁRIA DA QUARTA
SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUARTA LEGISLATURA, EM 03-4-2008.
Aos
três dias do mês de abril do ano de dois mil e oito, reuniu-se, no Plenário Otávio
Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze
horas e quinze minutos, foi realizada a segunda chamada, respondida pelos Vereadores
Aldacir Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Carlos Comassetto, Dr. Raul, Ervino
Besson, Haroldo de Souza, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Luiz Braz, Maria
Luiza, Maristela Maffei, Neuza Canabarro e Sebastião Melo. Constatada a
existência de quórum, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos. Ainda,
durante a Sessão, compareceram os Vereadores Alceu Brasinha, Almerindo Filho,
Dr. Goulart, Elias Vidal, Elói Guimarães, José Ismael Heinen, João Antonio Dib,
Mauro Zacher, Nereu D'Avila, Newton Braga Rosa, Nilo Santos, Professor Garcia,
Valdir Caetano e Wilton Araújo. À MESA, foram encaminhados: pelo Vereador Dr.
Raul, o Projeto de Lei do Legislativo nº 055/08 (Processo nº 2029/08); pelo
Vereador João Carlos Nedel, o Projeto de Lei do Legislativo nº 062/08 (Processo
nº 2075/08); pelo Vereador José Ismael Heinen, o Projeto de Lei do Legislativo
nº 038/08 (Processo nº 1475/08). Do EXPEDIENTE, constaram os Ofícios nos
214917, 219826, 256571 e 257004/08, do Fundo Nacional de Saúde do Ministério da
Saúde. Em GRANDE EXPEDIENTE, o Vereador João Bosco Vaz analisou sua atuação
como Secretário Municipal de Esportes,
Recreação e Lazer, declarando que o foco de seu trabalho foi a busca da
inclusão social por meio da prática desportiva. Nesse sentido, destacou obras
de recuperação do Ginásio de Esportes Osmar Fortes Barcelos, “Tesourinha”, e
citou projetos implantados na Cidade, em especial o Proesporte, o Bonde da Cidadania,
o Banco de Tênis, o Social Esporte Clube e o Esporte dá Samba. O Vereador Luiz Braz manifestou-se sobre os
trabalhos da Comissão Especial destinada a avaliar o Plano Diretor de Porto
Alegre, enfocando a importância dos debates relativos à delimitação das Áreas
de Interesse Cultural. Nesse sentido, declarou que os proprietários que têm
seus imóveis localizados nessas áreas não podem ser prejudicados pela
impossibilidade de alterações nesses imóveis, citando como exemplo as casas do
Bairro IAPI. Em COMUNICAÇÕES, o Vereador Luiz Braz debateu a depreciação do
potencial comercial do Bairro Azenha em função da instalação, nas imediações,
de grandes shopping centers, afirmando que os comerciantes lá instalados pretendem
implementar um projeto de valorização daquela região. Nesse contexto, explicando
a significância histórica do Bairro Azenha, defendeu ações mais efetivas do
Governo Municipal para o desenvolvimento dessa parte da Cidade como ponto
turístico. O Vereador Nilo Santos discutiu a questão dos moradores de rua da
Cidade, ressaltando a preocupação de diversas entidades no sentido de minimizar
esse problema social. Ainda, relatou o aumento, nos últimos vinte anos, do
número de crianças de rua em Porto Alegre, solicitando da Brigada Militar a
continuidade das operações de repressão aos criminosos que, segundo Sua
Excelência, estão infiltrados em grande número entre os pedintes que atuam nos
logradouros públicos. A Vereadora Neuza Canabarro discorreu a respeito da
proliferação dos casos de dengue em Porto Alegre, opinando que as pessoas não
estão sendo devidamente esclarecidas sobre a transmissão dessa doença e de como
evitá-la. Também, abordou a proliferação da bactéria Acinetobacter em diversos hospitais do Município, defendendo que as autoridades de
saúde pública divulguem informações detalhadas à população sobre a realidade
dessas duas doenças. Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram: em 1ª Sessão, o
Projeto de Resolução nº 006/08, discutido pelo Vereador Luiz Braz; em 2ª
Sessão, os Projetos de Lei do Legislativo nos 028, 031, 035 e
025/08, este discutido pelos Vereadores Professor Garcia e João Antonio Dib, os
Projetos de Lei do Executivo nos 013/08, discutido pelos Vereadores
Professor Garcia e João Antonio Dib, e 014/08, discutido pelo Vereador João
Antonio Dib, os Projetos de Resolução nos 010, 012 e 015/08, este
discutido pelo Vereador Professor Garcia. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Dr. Goulart discorreu sobre o funcionamento
da Central de Marcação de Consultas pelo sistema público de saúde em Porto
Alegre, citando falhas existentes e justificando que a demora ocasionada por
essa Central é maior do que quando as pessoas marcavam consulta diretamente nos
hospitais. Ainda, solicitou a intermediação da Comissão de Saúde e Meio Ambiente
desta Casa para estudar melhorias no atendimento médico à população. O Vereador
Ervino Besson referiu-se à prisão de adolescente gaúcho de dezesseis anos, que
confessou o assassinato de doze pessoas, externando sua posição favorável à
diminuição da idade penal no Brasil, a fim de que se coíba a ocorrência de
casos dessa natureza. Também, indagou sobre a ação do Poder Judiciário em
situações semelhantes e questionou a validade da progressão de criminosos para
o regime semi-aberto, alegando que a sociedade deveria se mobilizar para
modificar essa realidade. O Vereador Luiz Braz comentou investigações
que estão sendo efetuadas pelo Ministério Público Federal, de possível desvio
de recursos da Cooperativa Habitacional
dos Bancários de São Paulo – BANCOOP – para uso em campanhas eleitorais
do Partido dos Trabalhadores. Nesse sentido, cumprimentou a direção do Grupo
Bandeirantes de Comunicação, afirmando ter sido esse o único órgão da grande
imprensa a divulgar matéria acerca do assunto. O Vereador João Antonio Dib
avaliou a qualidade dos serviços prestados pelas organizações não governamentais
que atuam no País, citando Comissão Parlamentar de Inquérito instaurada no
Congresso Nacional para investigar denúncias de irregularidades no repasse de
verbas para essas entidades. Também, teceu críticas ao Presidente Luiz Inácio
Lula da Silva, propugnando por mais fiscalização e controle no referente à
liberação de recursos públicos por parte do Governo Federal. O Vereador José
Ismael Heinen reportou-se ao pronunciamento do Vereador Luiz Braz, em
Comunicação de Líder, atinente a denúncias de irregularidades na administração
da Cooperativa Habitacional dos
Bancários de São Paulo. Além disso, defendeu projetos de sua autoria, em
tramitação nesta Casa, para instauração de faixas de segurança na Cidade,
frisando a necessidade de conscientização de pedestres e motoristas quanto à
importância do respeito às normas de trânsito vigentes. O Vereador Haroldo
de Souza saudou o retorno à Casa do Vereador João Bosco Vaz, elogiando o trabalho
desse Parlamentar na Secretaria Municipal de Esportes, Recreação e Lazer. Ainda, mencionou matérias programadas para
debate na Ordem do Dia da presente Sessão, atentando para a possibilidade de
não ser alcançado o quórum necessário para a votação de projetos, tendo em
vista a presença de Vereadores na recepção ao Presidente Luiz Inácio Lula da
Silva, em visita a Porto Alegre. Após, nos termos do artigo 94, § 1º, alínea
“g”, do Regimento, o Senhor Presidente concedeu TEMPO ESPECIAL ao Vereador
Newton Braga Rosa, que relatou sua participação, em Representação Externa deste
Legislativo, do dia dois ao dia doze de março do corrente, na Feira de
Tecnologia de Informação – CeBIT2008 –, na cidade de Hannover, na Alemanha. Às
dezesseis horas e vinte e quatro minutos, constatada a inexistência de quórum
para ingresso na Ordem do Dia, o Senhor Presidente declarou encerrados os
trabalhos, convocando os Senhores Vereadores para a Sessão Ordinária da próxima
segunda-feira, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelos
Vereadores Sebastião Melo, Ervino Besson, Dr. Goulart e Luiz Braz, os dois
últimos nos termos do artigo 27, parágrafo único, do Regimento, e secretariados
pelos Vereadores Ervino Besson e Aldacir Oliboni. Do que eu, Ervino Besson, 1º
Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata, que, após distribuída e
aprovada, será assinada por mim e pelo Senhor Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Convido o
Ver. Aldacir Oliboni a assumir como Secretário ad hoc, e o Ver. Ervino
Besson a dirigir os trabalhos da presente Sessão, em substituição a este
Vereador, que vai se retirar do plenário por alguns minutos para fazer a
abertura de um evento cultural no Plenário Ana Terra.
(O Ver. Ervino Besson assume a presidência dos
trabalhos.)
O SR. PRESIDENTE (Ervino Besson): Passamos ao
O
Ver. João Bosco Vaz está com a palavra em Grande Expediente, por cedência de
tempo do Ver. João Carlos Nedel.
O SR. JOÃO BOSCO VAZ: Sr.
Presidente; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, quero agradecer o
Ver. João Carlos Nedel pela cedência do espaço, e é provável até que eu precise
de uns 30 ou 40 minutos, mas vou ser rápido para fazer uma prestação de contas
a esta Casa sobre o trabalho realizado na Secretaria Municipal de Esportes, no
tempo em que lá estive, porque eu já estive na Comissão de Educação e Esportes
todas as vezes que fui convidado. Antes de deixar a Secretaria, fizemos um
jornal de prestação de contas do nosso trabalho, ao contrário de quando
assumimos, em 2005, que não recebemos uma linha de prestação de contas dos 16
anos anteriores, e ainda com todas as informações dos computadores apagadas.
Nós iniciamos um trabalho lá com maturidade política, mantendo todos os
projetos até então realizados pelo Governo anterior.
É aquela história que eu sempre combati, Ver.
Haroldo: entra um governo novo, não conhece o trabalho anterior e termina com
tudo. Ao contrário, projetos bons foram todos mantidos, e alguns melhorados. E
aí passamos a colocar em prática as idéias dos projetos que levamos para lá.
Começamos com o Projeto que esta Casa aprovou - o
Pró-Esporte -, a Lei de Incentivo ao Esporte, no qual todo o ano colocamos um
milhão de reais de incentivos fiscais para patrocínio de atletas e eventos. Há
muita gente se valendo disso. Hoje, por exemplo, no jornal O Sul, as irmãs
gêmeas Lorscheitter, que nadam, usam o Pró-Esporte e todos os outros segmentos.
Foi um Projeto pioneiro neste Estado e no País, nos moldes que nós apresentamos
à Câmara e que V. Exas aprovaram, em que o investidor no esporte, o
financiador do esporte abate o que investiu no pagamento do IPTU ou do ISSQN;
se ele dá 10 mil reais para a Daiane, ganha um bônus de 70% da Prefeitura. Com
esse bônus, ele paga até 40% da dívida do IPTU ou do ISSQN. E aí partimos para
os projetos sociais, porque todo mundo diz que o esporte é inclusor, o que é
verdade. Agora, é preciso sair do discurso, é preciso sair da teoria, é preciso
ir para a prática. E nós conseguimos fazer isso; é uma Secretaria que não tem
um milhão de reais por ano de orçamento, mas que tem um quadro fantástico de
profissionais, de professores, de estagiários, homens-obreiros que cuidam da
manutenção. Então, com menos de um milhão de reais, nós temos de atender mais
de 80 espaços - sete piscinas públicas, ginásios esportivos, campos de futebol,
telamentos, iluminação, quadras esportivas -, além de manter os projetos
sociais.
Então, nós somos obrigados a sair em busca de
parcerias, colocar em prática a parceria público-privada, antes mesmo de ela
ser aprovada em nível federal. E começamos pelo Bonde da Cidadania, que é a
preocupação de todos nós, das crianças que estão nas ruas. Criamos esse
Projeto. No início, fomos parar no Ministério Público, porque nos disseram que
nós não poderíamos tirar das ruas as crianças e os adolescentes, porque lá era
um lugar lúdico, que teríamos de respeitar as crianças. Aí nós fomos ao
Ministério Público, apresentamos o Projeto, e o Ministério Público entendeu o
trabalho. E esse ônibus passa, diariamente, pelas sinaleiras de Porto Alegre,
convida as crianças para a prática esportiva, oferece alimentação, banho,
roupas limpas, e só devolvemos as crianças aos abrigos às 19 horas, depois do
jantar. Estamos atendendo duzentas crianças por mês e temos parceria com o
Sesc, que dá a alimentação, através da Mesa Brasil; e com a Associação de
Transportadores de Passageiros, que nos cedeu um ônibus novo para que
pudéssemos fazer este Projeto. Criamos o Social Esporte Clube, junto com os
clubes sociais de Porto Alegre. Os clubes não pagam IPTU, não pagam ISSQN. Eu
fui visitar os clubes e disse a eles que precisávamos fazer um projeto amplo
para incluir as crianças. Hoje, temos mais de 400 crianças fazendo esporte,
gratuitamente, na Sogipa, no União, no Teresópolis, no Professor Gaúcho; só o
Leopoldina Juvenil não quis fazer e mandou uma carta, assinada pelo Presidente
Leal, dizendo que lá só
entravam sócios, como se, nos outros clubes, também não entrassem só sócios;
mas os outros clubes entenderam. Então, temos mais de 400 crianças carentes,
sendo que nós priorizamos o homem, Ver. Bernardino, a formação da
personalidade, mas, quando aflora o talento, nós incentivamos.
Nós
temos, na Sogipa, o menino Régis, de onze anos, que fomos buscar no Conjunto
Residencial Costa e Silva e que hoje já é campeão dos 500m rasos - com
onze anos! Na equipe de natação do União, temos seis crianças: dois da Vila
Dique, dois do Jardim Ingá e dois da Restinga. Há pouco, o jornal Zero
Hora fez uma matéria de página inteira, falando de Yuri, do Grêmio, chamado de
“o pequeno mamute”, que saiu do nosso projeto social. Então, nós nos
preocupamos com isso. Montamos um Projeto, Ver. Haroldo, o Social Futebol
Clube, aproveitando os ex-atletas do Grêmio e do Internacional, são 20
ex-atletas: Escurinho, Tarciso, Bráulio, Tovar,
Ancheta, entre outros. E como a Prefeitura não tem dinheiro para pagar esse
pessoal, nós os organizamos uma cooperativa; a CaixaRS faz o patrocínio, a
Ulbra Saúde deu um plano de saúde para cada um desses ex-atletas e a ATP dá
vales-transporte para que eles possam se deslocar. Eles estão em 13 comunidades
de Porto Alegre atendendo a mil e seiscentas crianças!
Então,
são projetos sociais importantes que nós passamos a introduzir na Secretaria.
O Sr.
Bernardino Vendruscolo: V. Exª
permite um aparte?
O SR.
JOÃO BOSCO VAZ: Antes de continuar
relatando outros projetos, passo a palavra, em aparte, ao Ver. Bernardino.
O Sr.
Bernardino Vendruscolo: Obrigado,
Ver. João Bosco Vaz. Quero cumprimentá-lo pelo seu trabalho, conhecido por
todos nós e pela sociedade, e não surpreendo que o Ministério Público - não
todo, parte do Ministério Público - não tenha entendido, ainda, que crianças de
rua, que moram nos porões, nos bueiros, nas sarjetas de Porto Alegre, drogados,
que essas criaturas não têm condições de discernir o que é bom ou o que é ruim
para si. Infelizmente, algumas pessoas do Ministério Público não têm essa
clareza, e é o que nós lamentamos.
O SR.
JOÃO BOSCO VAZ: Certo, Vereador.
O
SR. JOÃO BOSCO VAZ: Muito
obrigado, Vereador. Já que eu falei no Dep. Alceu Collares, quero dizer que a
Dep. Maria do Rosário também fez uma Emenda para uma cancha esportiva lá na
Vila Pinto, bem em frente os galpões de reciclagem. Como aquele espaço pertence
à SMAM, e o dinheiro está para a SME, eu oficiei ao Secretário Beto Moesch
pedindo licença para construir a cancha em cima da área, pedindo que a SMAM
fizesse o projeto, porque a área pertence a ela. E também o Dep. Beto
Albuquerque fez uma Emenda de 250 mil reais para duas pistas de skate:
uma será dentro do Parque Marinha, e, para a outra, a Federação de Skate
está procurando espaço na Zona Sul.
A
Srª Neuza Canabarro: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. João Bosco Vaz, é com
muito prazer que a gente tem o seu retorno aqui, ao mesmo tempo em que sentimos
que o Executivo Municipal perde o seu principal Secretário, porque não basta
ter recursos, nós temos que ter gente criativa, que tenha penetração na
sociedade para articular recursos que venham a ajudar na operacionalização dos
projetos do Executivo. E, com certeza, o senhor é competente, porque emendas de
Parlamentares há muitas. O Dep. Collares fez inúmeras emendas, e 80% delas
foram perdidas pela falta de projeto. Então, não basta a boa vontade dos
Deputados de todos os Partidos, nós temos que ter gente competente. E isso,
para nós, nos causa muito orgulho, porque, realmente, o PDT tem quadros, e eu
diria que, quando o Lula está pedindo um terceiro mandato, nós poderíamos, no
seu caso, nomear V. Exª para ficar vitaliciamente na Secretaria de Esportes.
Parabéns.
O
SR. JOÃO BOSCO VAZ: Muito
obrigado, Verª Neuza. Antes de dar um aparte ao Ver. Dr. Raul, quero dizer que
criamos também outro Projeto fantástico, de alta repercussão, que se chama
Esporte dá Samba, que reúne as duas maiores culturas populares deste País: o
samba e o esporte. As crianças, a partir de maio, começam a ter oficinas de
mestre-sala, porta-bandeira, passista, percussão - a Secretaria adquiriu 60
instrumentos de percussão. Temos uma bateria fantástica e, todos o anos,
abrimos o carnaval de Porto Alegre com mais de três mil crianças - foi o que
aconteceu este ano. Temos enredo, CD gravado, enfim, é um trabalho social
amplo, reconhecido pela sociedade.
O
Sr. Dr. Raul: V. Exª
permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. João Bosco, é com muita
satisfação que venho a este microfone para lhe desejar, novamente, uma grande
estada aqui na Câmara de Vereadores e dizer da nossa tristeza de perdê-lo por
esses meses como Secretário. A gente, que anda pela Cidade, sabe o que V. Exª
fez por ela, pelo nosso esporte. Em todos os locais da Cidade, a gente vê que
realmente foram feitas melhorias, e o seu trabalho vai ser, para sempre,
recompensado e reconhecido pela Cidade.
O
SR. JOÃO BOSCO VAZ: Muito
obrigado, Ver. Dr. Raul. O que nos entristece, Ver. Professor Garcia e Ver.
Dib, e é uma tristeza muito ampla - o senhor foi Prefeito desta terra -, é o
vandalismo. Por exemplo, nós iluminamos o campo do Parque Marinha do Brasil,
iluminamos o Parque da Redenção, iluminamos a bocha do Parque da Redenção,
iluminamos as canchas de areia de vôlei de praia, e, em três anos de
Secretariado, só no campo do Parcão, foram roubados 18 chuveiros. Na Restinga,
no Campo do Pampa, a tela foi roubada por duas vezes. Eram oitocentos metros de
tela. No Governo passado, a Professora Rejane já havia colocado tela, mas
roubaram quatrocentos metros. Eu entrei, fomos lá, colocamos tela novamente e
roubaram mais quatrocentos metros. Às vezes, dá vontade de desistir.
O Sr. Ervino Besson: V. Exª permite um aparte? (Assentimento
do orador.) Meu caro colega, Ver. João Bosco Vaz, eu sempre digo que não é
difícil governar quando se coloca a pessoa certa no lugar certo. E o Prefeito,
tranqüilamente, acertou quando colocou V. Exª no lugar certo, pois V. Exª fez
um belo trabalho. Parabéns pelo seu trabalho. Quem ganhou com isso foi a cidade
de Porto Alegre.
O Sr. Professor Garcia: V. Exª permite um aparte? (Assentimento
do orador.) Ver. Bosco, eu quero parabenizá-lo pelo seu trabalho ao longo
desses três anos, porque V. Exª conseguiu, a despeito da questão pessoal,
buscar recursos para uma Secretaria que, comparada com as demais, tem menos
recursos - e nós sabemos disso. E Vossa Excelência, com competência e com seu
círculo de amizades, conseguiu muito. Parabéns.
O SR. JOÃO BOSCO VAZ: Vindo de sua parte, que é um Professor
de Educação Física, eu agradeço muito o reconhecimento.
A Srª Maristela Maffei: V. Exª permite um aparte? (Assentimento
do orador.) Ver. João Bosco, eu quero dizer que fico muito feliz em tê-lo em
meu círculo de amizades. O senhor é uma pessoa muito especial, que não tem
preconceitos, pois seguiu aquilo que já estava em andamento - sem falar na
questão da criatividade. O senhor é uma pessoa iluminada por Deus, como muitos,
porque cuidou muito bem das nossas crianças e dos nossos adolescentes,
principalmente os mais empobrecidos. Parabéns.
O SR. JOÃO BOSCO VAZ: Outro Projeto muito importante: nós
organizamos com grande sucesso os Jogos Gays de Porto Alegre, que estão na sua
terceira edição, pois foi um sucesso e virou referência para a comunidade.
O Sr. Carlos Comassetto: V. Exª permite um aparte? (Assentimento
do orador.) Em nome do meu Partido, o Partido dos Trabalhadores, eu quero cumprimentá-lo
pelo seu retorno à Câmara.
Quero
dizer que nós tivemos um excelente diálogo com V. Exª, o que nos permitiu
construir projetos em prol da Cidade. Muito obrigado.
O SR. JOÃO BOSCO VAZ: Muito obrigado, Sr. Presidente, e peço
desculpas por ultrapassar o tempo.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. Luiz Braz está com a palavra em
Grande Expediente, por cedência de tempo do Ver. José Ismael
Heinen.
Convido
o Ver. Ervino Besson para assumir os trabalhos.
(O
Ver. Ervino Besson reassume a presidência dos trabalhos.)
Vou
falar hoje sobre um tema que acho ser o mais importante para todos nós, que
somos representantes da sociedade. Todas aquelas pessoas, Ver. João Dib, que
vêm à Comissão do Plano Diretor, Ver. Ervino Besson, para tratar do Plano
Diretor, falando sobre as suas angústias, estão, na verdade, preocupadas não
com o conjunto da Cidade, normalmente, mas a maioria dessas pessoas está
preocupada, é claro, com a valorização do seu imóvel, com a valorização do seu
patrimônio. E isso não é ruim. Não estou fazendo aqui uma crítica; estou
reconhecendo que as pessoas que tratam de assuntos como, por exemplo, o Plano
Diretor, são pessoas que, é claro, estão preocupadas, em primeiro lugar, com o
seu patrimônio e, em segundo lugar, se sobrar tempo, com o restante da Cidade.
Isso é normal.
Estou
falando isso, porque hoje nós tivemos aqui uma reunião muito boa da Comissão do
Plano Diretor, da qual eu sou Relator. E nós fizemos, Ver. Oliboni, a ouvida de
pessoas ligadas à Secretaria Municipal do Planejamento, que falaram sobre as
Áreas de Interesse Cultural, o que, na verdade, acredito que seja um dos
assuntos mais polêmicos dentro dessa revisão do Plano Diretor. Recebemos aqui a
comunidade do IAPI. O que essa comunidade, Ver. Comassetto, queria hoje, em
contato com a Comissão do Plano Diretor? A preocupação da comunidade do IAPI é
exatamente com a desvalorização dos seus imóveis, que é o que aqueles cidadãos,
moradores do local, estão perdendo, porque aquela área está inserida como Área
de Interesse Cultural, e, sendo Área de Interesse Cultural, está havendo um
engessamento daquelas pessoas, que não conseguem fazer absolutamente nada pelos
seus imóveis. Eu não posso, de forma nenhuma, contrariar aquelas pessoas que
vieram até aqui para discutir aquilo que lhes interessava, porque nós, que
somos representantes da sociedade, temos que ouvir o conjunto das pessoas que
compõem essa sociedade, para que nós possamos saber dos seus clamores e fazer
aquilo que nós podemos fazer aqui, como seus representantes, para que daqui
saia um trabalho, o melhor possível, para que a gente não venha a prejudicar
pessoa nenhuma, ou, pelo menos, que os prejuízos individuais possam ser
compensados com lucros coletivos. Afinal de contas, nós estamos aqui para
representar o conjunto de toda a sociedade.
O
Sr. Carlos Comassetto: V.
Exª permite um aparte?
O
SR. LUIZ BRAZ: Ver.
Comassetto, eu pediria que V. Exª fosse breve, porque eu estou fazendo apenas
um intróito, mas, com muito prazer, ouço Vossa Excelência.
O
Sr. Carlos Comassetto: Eu
agradeço, Ver. Luiz Braz, Relator da Comissão Especial do Plano Diretor;
portanto, todos os temas passarão pela sua análise e pelo seu crivo. Quero
dizer, primeiro, que os estudos que vieram das Áreas de Preservação Ambiental,
ou de Ambiência, se tornam polêmicos, porque, na verdade, foi o único estudo
complementar que veio; os outros, das Áreas Ambientais, das Áreas de
Desenvolvimento Econômico, não vieram nesse estudo; portanto, ele se apresenta
com as suas contradições.
Segundo,
creio que há uma grande carência no estudo apresentado, que faz o gravame e o
tombamento, mas não apresenta uma política de como aquelas áreas vão ser
preservadas. Afinal de contas, vamos dar incentivos? Não vamos dar incentivos?
Isso desperta a preocupação dos proprietários da região. Portanto, acredito que
nós precisaremos trabalhar uma política que dê sustentação às Áreas de
Preservação Cultural da cidade de Porto Alegre. Muito obrigado.
O
SR. LUIZ BRAZ: Veja bem,
Ver. Comassetto, nós temos que estabelecer esse diálogo entre nós, Vereadores,
e entre o Executivo e a comunidade, mas, para que esse diálogo entre nós,
Vereadores da Câmara Municipal e as comunidades possa ser melhorado, temos que
contar com a ação do Executivo.
Ver.
João Dib, a Secretaria do Planejamento, que esteve aqui presente, hoje pela
manhã, falando sobre as Áreas de Interesse Cultural, tem a obrigação - e não o
fez em nenhuma época - de orientar as pessoas que moram nessas Áreas de
Interesse Cultural sobre o que elas podem fazer para serem desengessadas com
relação àquela vontade, àquele desejo que têm de melhorar os seus imóveis,
porque, se pudéssemos transmitir para essas pessoas que elas têm direito de
fazer reformas em seus imóveis e quais seriam essas reformas, com certeza o
nosso diálogo da Comissão com essas comunidades se tornaria uma diálogo melhor.
O
Sr. João Antonio Dib: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Nobre Ver. Luiz Braz, eu
acompanho com muito interesse o pronunciamento de Vossa Excelência. Acho, no
entanto, que temos excessivo número de Áreas de Interesse Cultural e de
Interesse Ambiental. Acho que esse número tem que ser reduzido, tem que ser
reestudado, tem que ser examinado com muito mais cuidado, porque, senão, com
135 áreas, praticamente está sendo tomada a Cidade.
O
SR. LUIZ BRAZ: Mas
imagine V. Exª, sobre essa área que estamos discutindo aqui, que é o caso do
IAPI, eu conversava hoje com a Verª Margarete e com uma das arquitetas que
estavam aqui subsidiando o trabalho da Verª Margarete. Imagine V. Exª, Ver.
João Dib, que o conjunto de casas que existe ali, naquela região do IAPI, é
hoje um modelo cultural que marca exatamente uma época, um momento histórico em
nossa Cidade, e aí, como é que nós vamos fazer? Nós vamos retirar daquela área
do IAPI a condição de Área de Interesse Cultural? Eu acho que estaríamos
prestando um desserviço para o conjunto da Cidade. Acho que, se pudéssemos, de
alguma forma, encontrar um meio-termo de deixar aquelas pessoas mais livres, ou
pelo menos dar-lhes uma orientação, para que pudessem fazer as
modificações, as alterações das suas casas, sem mexer, quem sabe, nos aspectos
culturais que devem ser preservados, eu acredito que estaríamos fazendo um
trabalho melhor do que simplesmente negar a elas o direito de fazerem as
modificações, ou simplesmente retirar a condição de Área de Interesse Cultural.
Acho que nós poderíamos fazer um trabalho melhor,
mas esse não é o trabalho da Comissão, porque a Comissão, na verdade, está
muito dentro daquilo que pode ser a orientação da Secretaria do Planejamento,
que, a esta altura dos acontecimentos, tem a obrigação, Ver. Ervino, de dar
essas orientações não apenas para a região do IAPI como para outras áreas de
nossa Cidade, que poderiam estar mais amparadas se nós pudéssemos trabalhar de
mãos dadas.
Essa não é uma crítica especial a esta
Administração, porque esse fato é histórico, não acontece isso e não aconteceu
isso na história de Porto Alegre. Hoje, as pessoas que moram nas Áreas de
Interesse Cultural, quando elas vão solicitar, na Prefeitura Municipal, licença
para fazer qualquer alteração em seus imóveis, simplesmente têm a licença
negada, só que elas não têm uma orientação melhor a respeito daquilo que
poderia ser um projeto que lhes daria, vamos dizer, uma satisfação maior de
poder estar morando naquela Região; essa é uma região, mas há muitas outras.
Eles se queixaram, hoje aqui, Ver. João Dib, que os
seus prédios estão rachando, que a estrutura que foi feita para aquela época
não levava em consideração o número de veículos e os veículos pesados que
trafegam agora, que realmente causam impacto e problemas nas suas residências.
E aí, como contornar isso? Como vamos poder fazer com que essas pessoas não
sejam prejudicadas em nome da preservação? Nós temos aqui, como Comissão do
Plano Diretor, de preservar aquilo que é cultural, aquilo que vai servir de
exemplo e de memória para a nossa Cidade. Agora, nós também temos a obrigação
de dar uma proteção para que essas pessoas possam evoluir junto com as tecnologias que são colocadas à disposição.
O
Sr. João Antonio Dib: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Nobre Ver. Luiz Braz, no caso
de fissuras, ou rachaduras, ou deterioração de paredes, em geral, o conserto
pode ser feito, a SMOV autoriza tranqüilamente. Agora, eu acho que aí fica
difícil para um cidadão porto-alegrense que tem um prédio caindo aos pedaços,
de repente, ter que fazer a manutenção do mesmo, e ele não pode utilizar a sua
propriedade, que é o terreno.
O
SR. LUIZ BRAZ: É
verdade, há terrenos de 300 metros, Ver. Ervino Besson, que têm casas de 63
metros; eles não podem mexer, porque, quando pedem na Prefeitura, não recebem a
licença para mexer. Então, eu acho que, de alguma forma, os técnicos que estão
hoje na Prefeitura Municipal têm que se atualizar o melhor possível, a fim de
poderem oferecer essa orientação.
Esse
diálogo que nós devemos ter com as comunidades é um diálogo que, na verdade,
não deve ser feito, simplesmente, Câmara e comunidade, deve ser feito Câmara,
comunidade e Prefeitura Municipal. E, quando a gente fala Prefeitura Municipal,
falamos, exatamente, na Secretaria de Planejamento.
Acho
que podemos fazer um bom trabalho nessa área de revisão do Plano de Diretor;
não devemos, realmente, ficar espantados, porque as pessoas que vêm até aqui, é
claro, todas elas vão falar em defesa do seu patrimônio, da valorização do seu
patrimônio. Sempre que nós mexemos no Plano Diretor, quando nós mexemos, por
exemplo, na capacidade de construção de cada terreno, nós estamos, na verdade,
valorizando ou tirando o valor daquela área que é propriedade de alguém.
Então,
realmente, quando se mexe em propriedade privada, quando se mexe no patrimônio
de pessoas, deve-se realmente tomar um cuidado muito especial para não se
causar prejuízo. É claro que a obrigação de todos nós, Vereadores, é analisar
um projeto como esse, levando em consideração o conjunto de toda a sociedade.
Nós não podemos, de forma nenhuma, beneficiar alguém na sua individualidade e
acabar prejudicando o conjunto da sociedade. Mas nós não podemos deixar, nessa
análise, também, de ouvir o clamor de cada segmento da sociedade, a fim de que
o Plano não seja injusto para uns e muito justo para outros. Nós temos que
fazer alguma coisa que, se causar algum prejuízo individual, esse prejuízo seja
muito pequeno, mas a lucratividade para o geral deve ser defendida por todos
nós que fazemos parte desta Comissão.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Ervino Besson): Passamos
às
O
Ver. Luiz Braz está com a palavra em Comunicações.
O
SR. LUIZ BRAZ: Nós
estamos falando, hoje, a respeito dos bairros da Cidade, Ver. João Dib, e eu
tive oportunidade de, hoje, receber o pessoal da Azenha, pessoas ligadas ao seu
comércio, e a preocupação deles é exatamente a respeito de um Projeto de
valorização do bairro Azenha, porque esses bairros que são bairros comerciais,
Ver. Haroldo de Souza, sentem sempre que um shopping é colocado em suas
proximidades. E eu acredito que um dos bairros que perderam o seu potencial de
oferecer mercadorias, de vender produtos foi o bairro Azenha. Quando se
instalou o Shopping Praia de Belas e quando se instalaram os outros shopping
na Cidade, o bairro Azenha acabou perdendo muito. Então, hoje os comerciantes
do bairro Azenha estão preocupados em trabalhar em um projeto de valorização
daquela área. E aquela área, na verdade, em termos históricos, é uma área muito
bem aquinhoada. Nós temos ali, situado na Azenha, talvez o ponto histórico mais
importante aqui de Porto Alegre; a ponte da Azenha é alguma coisa que realmente
tem que ser melhor trabalhada por todos nós, pelas pessoas que querem divulgar
a cultura. Para aqueles que querem atrair turistas aquele local é muito
especial. Os Farrapos, quando saíram de Guaíba, da Ilha das Pedras Brancas, e
vinham para invadir Porto Alegre, tiveram um encontro na ponte da Azenha. Ali
há histórias realmente sensacionais. Uma, do Visconde de Camamu, que, ao ver os
Farrapos se aproximando, saiu correndo, saiu em disparada. Nós temos outras
tantas histórias envolvendo aquela batalha da ponte da Azenha.
Então,
hoje nós falávamos que importante seria se, porventura, aquela ponte da Azenha
pudesse ser colocada, Ver. João Dib, quem sabe, em uma miniatura para ser
oferecida como lembrança às pessoas que visitam Porto Alegre.
Porto
Alegre é muito carente de lembranças para oferecer aos seus visitantes. Temos,
na verdade, muito pouco a oferecer em produtos fabricados aqui, lembranças
nossas, para que os nossos visitantes possam levar.
Temos,
é claro, o bombeador, temos a cuia de chimarrão, que é o utensílio que nós mais
divulgamos da nossa cultura, mas acredito que aquele ponto na Azenha, a ponte
da Azenha, é tão importante que merece ser divulgado.
E
esse Projeto que será trazido à Casa, proximamente - para que os senhores possam
conhecer, eu tive a oportunidade, hoje, de conhecer, porque sou amigo da pessoa
que está fazendo -, o Projeto de Revitalização da Azenha, tendo o cuidado de
fazer com que as pessoas que vão até a Azenha possam conhecer todos os marcos
principais da cultura, da ocupação, da destinação que aquela área teve, e que
hoje, infelizmente, depois de passar por um tempo glorioso, como uma das
principais áreas de comércio que a Cidade teve, vem perdendo um pouco da sua
potencialidade. Tivemos a oportunidade de falar para o nosso visitante, que
trazia o Projeto, que, de uma conversa que tivemos com o Sindilojas, nasceu uma
idéia muito boa de ser desenvolvida para o bairro Azenha.
Ali,
no bairro Azenha, alguns prédios são muito desbotados, sem cuidados maiores.
O
Sindilojas pretende lançar uma campanha para incentivar as pessoas, nas
diversas regiões da Cidade, a pintar as suas casas, pintar o seu
estabelecimento comercial, a fim de tornar as regiões mais bonitas, para que as
pessoas que, às vezes, até passam sem notar um determinado espaço, através da
cor, da reforma, possam prestar mais atenção naquilo que estão visitando.
Então,
proximamente, eu acredito que nós todos, aqui na Câmara Municipal, vamos entrar
em contato com esse Projeto magnífico que eu vi hoje, que é um projeto de
revitalização do bairro Azenha, e, é claro, que não está apartado daqueles
estudos que nós fazemos aqui para o nosso Plano Diretor, porque eu acredito que
o Plano Diretor, quando faz essa revisão, não pode deixar de perceber que uma
região como aquela precisa, é claro, ser mantida naquilo que é essencial, mas
precisa também ser incentivada, assim como nós estamos fazendo lá com o 4º
Distrito, para que a região possa progredir e para que possa realmente dar
àquelas pessoas que lá moram a satisfação que todos nós queremos ter em nossas
regiões.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Ervino Besson): O
Ver. Nilo Santos está com a palavra em Comunicações.
Quero parabenizar a RBS até mesmo por esse painel,
por essa discussão. Quero fazer a leitura do que está aqui no jornal Zero Hora
do dia 3 de abril, quinta-feira (Lê.): “Um dos momentos mais
polêmicos da discussão de ontem ocorreu quando o Coronel Paulo Roberto Mendes,
Subcomandante-Geral da Brigada Militar, disse que a Polícia atua como ‘lixeira
social’, recolhendo o que a sociedade rejeita. Iara da Rosa, coordenadora da
Casa de Convivência de Moradores de Rua e integrante da ONG Ilê Mulher, reagiu:
“É do ser humano que estamos falando. Não podemos criminalizar e dizer que é um
caso de polícia, só porque a sociedade não resolve, nem botar todos no mesmo
saco. Precisamos ser parceiros; não de adversários.”
Eu quero dizer uma coisa até mesmo para a Iara da
Rosa, que conheço, conheço o trabalho dela, que nós não vamos colocar todos no
mesmo saco mesmo, até porque, nas ruas, hoje, temos mais marginais do que
pessoas necessitadas; temos muito mais traficantes ou distribuidores de drogas
do que pessoas necessitadas nesta Cidade; temos, sim. A Brigada Militar tem que
agir, sim; a Polícia Civil tem que agir também; o Ministério Público tem que
agir também, o Ministério
Público tem que agir! Tem, sim! Espero que as ONGs não atrapalhem o trabalho da
Brigada Militar e o trabalho tão bonito realizado pela Delegada Vandi Lemos
Tatsch, no qual pessoas foram abordadas e levadas para a Delegacia a fim de
serem registradas. Deve haver registro dessas pessoas das sinaleiras, sim,
porque são pessoas que estão cometendo crimes nas sinaleiras, e, na sua grande
maioria, não é gente necessitada. Na sua grande maioria, é gente bandida, sim,
senhor. Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Ervino Besson): Obrigado,
Ver. Nilo Santos.
A
Verª Neuza Canabarro está com a palavra em Comunicações.
A
SRA. NEUZA CANABARRO: Exmo
Sr. Presidente, Ver. Ervino Besson; Sras Vereadoras, Srs.
Vereadores; público presente; Ver. Ervino Besson, nós estamos vindo a esta
tribuna para falar da coluna do Paulo Sant’Ana, publicada no dia de hoje: “O
direito à verdade.” E por que isso, Ver. João Antonio Dib? Porque eu tenho uma
postura que, às vezes, não é entendida, os próprios colegas mexem comigo: mas
tu estás na oposição? Não. No meu entendimento, a situação tem que estar na rua
para ajudar o Prefeito, para mostrar o que está ocorrendo. E nós, como
Presidente da Comissão de Saúde e Meio Ambiente, estamos na rua, fazendo um
trabalho de fiscalização. E fiscalização não é inerente à oposição, Ver. Ervino
Besson; é a principal função do Vereador fazer a fiscalização. E nós, quando
vamos à rua, vamos por quê? Porque somos convidados, somos chamados, recebemos
denúncias, recebemos queixas, estamos lá para comprovar a veracidade e para ver
o desempenho do orçamento, que é a nossa função, por parte do Executivo.
Acontece
que, às vezes, nós não somos entendidos. Em relação à dengue, nós estamos aqui,
desde o dia 21 de fevereiro, colocando que essa doença deve ser combatida com a
prevenção e que Porto Alegre está na iminência de um surto. Nós somos pelo direito
à verdade, como diz Paulo Sant’Ana. Por quê? Porque a população tem que saber o
que está ocorrendo, e o que ocorre no Município de Porto Alegre? O Ministério
da Saúde considera que, quando ultrapassa 1% o índice de ocorrência do mosquito
da dengue num bairro ou numa vila, essa já é uma área de risco. Porto Alegre
tem o índice de 1,6% onde tem o menor índice, e chega a ter 6,8%. Portanto, nós
temos todo o Município, todos os bairros e vilas como área de risco em relação
ao mosquito da dengue. A nossa postura não é aquela de dizer que não se pode
alarmar a população. Temos, sim, que alarmar a população; temos que dizer o que
está ocorrendo. Nós temos que dizer às pessoas que esse mosquito pica pela
manhã e, pela tarde, até as 15 horas; que as pessoas devem usar meia, devem
usar sapato fechado e calça comprida, porque ele não ultrapassa mais do que um
metro de altura do chão - e as pessoas não sabem disso! Vejam o seguinte: após
uma picada do mosquito nos membros inferiores, pela manhã, quatro dias depois,
começam a aparecer aqueles sintomas de gripe. Imediatamente, procure um médico!
Isso não é dito, Ver. Luiz Braz!
Ontem,
eu estive num debate com o Secretário Municipal da Saúde, com uma médica
infectologista, com o Ronaldo Zülke, e lá foi colocado um material da mais alta
qualidade, uma revista em que está publicada uma notícia sobre a bactéria que
há lá no Pronto Socorro. E isso não chega à população!
Nós
temos que fazer o quê? Temos que fazer uma ampla divulgação, temos que alertar
quem está viajando para o Rio de Janeiro: viaje só se for estritamente
necessário; por lazer, por prazer, não! Porque nós temos, como população, o
direito à verdade, a saber o que está ocorrendo; não podem mascarar as
situações que estão aí, não podem esconder os números, porque nós estamos com
mais de 400 pessoas infectadas com a bactéria, em 15 hospitais, e não temos o
direito de saber o número de óbitos dentre essas 400 pessoas atingidas só entre
janeiro e março.
Então,
eu prego que as autoridades da área da Saúde, em Porto Alegre, abram o jogo com
a população. A população tem o direito à verdade.
(Não
revisado pela oradora.)
O
SR. PRESIDENTE (Ervino Besson): Obrigado,
Verª Neuza.
O Ver. Sebastião Melo está com a palavra em
Comunicações. (Pausa.) Ausente. A Verª Sofia Cavedon está com a palavra em
Comunicações. (Pausa.) Ausente. O Ver. Valdir Caetano está com a palavra em
Comunicações. (Pausa.) Ausente.
Encerrado o período de Comunicações. Passamos à
PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR
(05 oradores/05 minutos/com aparte)
1ª SESSÃO
PROC. Nº 1240/08 -
PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 006/08, de
autoria do Ver. Sebastião Melo, que concede o troféu Câmara Municipal de Porto
Alegre ao Theatro São Pedro.
2ª SESSÃO
PROC. Nº 0953/08 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 025/08, de autoria do Ver. Dr. Goulart, que altera e ementa e o art.
1º da Lei nº 8.057, de 29 de outubro de 1997, que faculta a colocação de
dispositivo luminoso nos veículos que compõem a frota de táxis de Porto Alegre
e dá outras providências, tornando obrigatória a colocação desse dispositivo.
PROC. Nº 1060/08 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 028/08, de autoria do Ver. Guilherme Barbosa, que denomina Rua Noé
Gonçalves o logradouro não-cadastrado, conhecido como Rua Um – Rua João Macedo
de Freitas –, localizado no bairro Ponta Grossa.
PROC. Nº 1343/08 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 035/08, de autoria do Vereador Carlos Todeschini, que inclui no
Calendário Oficial de Eventos do Município de Porto Alegre o Desfile
Comunitário da Vila Farrapos, a ser realizado anualmente, no último domingo do
mês de setembro.
PROC. Nº 1855/08 -
PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 013/08, que autoriza a permuta de próprio municipal, localizado na
Rua Jacinto Godoy, nº 191, por terreno particular, sito na Rua Jacinto Godoy,
nº 105, Bairro São Sebastião, para fins de cedência, através de permissão de
uso à Associação de Pais e Amigos do Centro Abrigado Zona Norte - APACAZON.
PROC. Nº 1856/08 -
PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 014/08, que autoriza o Município de Porto Alegre a desafetar da
destinação de uso comum do povo próprio municipal, matriculado sob o nº 19513,
no Registro de Imóveis da 3ª Zona, livro nº 02, localizado na Rua Ivo Janson,
nº 29, no bairro Jardim Bento Gonçalves.
PROC. Nº 0090/08 -
PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 015/08, de
autoria da Verª Maristela Maffei, que concede o Diploma Honra ao Mérito ao
Senhor Roni Angelo Ferrari.
PROC. Nº 1139/08 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 031/08, de autoria do Ver. Aldacir Oliboni, que institui o Dia
Municipal de Prevenção e Combate à Depressão, a ser realizado anualmente, no
dia 10 de setembro, que passa a integrar o Calendário Oficial de Eventos do
Município de Porto Alegre, e dá outras providências.
PROC. Nº 1466/08 -
PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 010/08, de
autoria do Vereador João Carlos Nedel, que concede o Troféu Câmara Municipal de
Porto Alegre ao Senhor Norberto José Pinheiro Bozzetti.
PROC. Nº 1550/08 -
PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 012/08, de
autoria do Ver João Carlos Nedel, que concede a Comenda Porto do Sol ao
Monsenhor Máximo Benvegnú.
O
SR. PRESIDENTE (Ervino Besson): O Ver. Luiz Braz está com a palavra para discutir a
Pauta.
O SR. LUIZ BRAZ: Ver. Ervino Besson, Presidente; Sras Vereadoras; Srs. Vereadores, eu falava com o Ver. Ervino
Besson que fazia tempo que eu não vinha tanto a esta tribuna, mas os temas são
interessantes, importantes, principalmente este que discutimos, sobre Plano
Diretor; nós, realmente, temos que intensificar, inclusive, esses debates na
nossa Casa.
Eu venho aqui, em
discussão de Pauta, falar sobre algo que me chamou a atenção e que me levou a
fazer minha inscrição para discutir: o Ver. Sebastião Melo está concedendo o
Troféu Câmara Municipal de Porto Alegre ao Theatro São Pedro. Há algum tempo,
lá no ano passado, antes de modificarmos o nosso Regimento, não tínhamos essa
oportunidade de oferecer um prêmio chamado Câmara Municipal. E quando
resolvemos criar o Prêmio Câmara Municipal, foi exatamente com o intuito de
valorizar a nossa instituição. Nenhum prêmio, aqui na Câmara Municipal, pode
ser maior do que aquele que leva o nome da própria instituição: Prêmio Câmara
Municipal. E eu acredito que o Ver. Sebastião Melo foi extremamente feliz em dar
o Prêmio Câmara Municipal - e eu acredito que esteja sendo um dos primeiros
projetos nesta área, Ver. João Antonio Dib, depois que nós modificamos o
Regimento - para o Theatro São Pedro. Eu acho que o Theatro São Pedro é um
símbolo da cultura do nosso Estado aqui em nossa Cidade; é um símbolo da arte;
150 anos! E por isso mesmo que acredito que esta Sessão de entrega do Prêmio Câmara
Municipal ao Theatro São Pedro deve ser, realmente, uma Sessão muito especial,
porque marca exatamente esse momento em que os 36 Vereadores de Porto Alegre
tiveram esta feliz idéia de modificar as homenagens, colocando esse Prêmio
intitulado Câmara Municipal para homenagear instituições ou pessoas.
O Sr. João Antonio Dib: V. Exª
permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Luiz Braz, o Theatro São
Pedro completa 150 anos agora em junho. Seria importante que nós pudéssemos
fazer a outorga do Prêmio lá no próprio Theatro São Pedro, próximo à data dos
150 anos.
O SR. LUIZ BRAZ: Precisamos fazer com que esse
Projeto tramite de uma maneira célere, para que ele possa ser aprovado. Nós
deveríamos falar com a Mesa Diretora, falar com o Presidente da Casa para que
nós possamos preparar - Ver. Garcia, V. Exª, que é o representante do Governo
aqui na Casa - a solenidade mais bonita que esta Casa já fez, porque o Theatro
São Pedro merece; ao mesmo tempo em que - eu acho - esta Câmara também merece
que toda a sociedade saiba que, nas modificações que fizemos no Regimento,
quando nós estamos mexendo nas premiações possíveis de serem dadas aqui na
Câmara Municipal, está-se diminuindo o número de prêmios que eram entregues.
Conseguimos resumir todos aqueles prêmios que nós dávamos ou que cada Vereador
podia entregar e que, muitas vezes, tinham a sua importância diluída,
inclusive, na quantidade de prêmios possíveis. Resumimos tudo aquilo que havia
em prêmios tão importantes como este, que é o Prêmio Câmara Municipal, e que
nós vamos poder, com toda a certeza, aprovar aqui, pela iniciativa do
Presidente da Casa, e que, com toda a certeza, vai ter o apoio e a assinatura
de todos os Vereadores, para que, realmente, essa seja uma solenidade muito
bonita.
Parabéns ao Vereador-Presidente Sebastião Melo pela
idéia de dar esse Troféu Câmara Municipal, o primeiro deles, ao Theatro São
Pedro. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Ervino Besson): Obrigado, Ver.
Luiz Braz.
A Verª Neuza Canabarro está com a palavra para
discutir a Pauta. (Pausa.) Desiste. O Ver. Aldacir Oliboni está com a palavra
para discutir a Pauta. (Pausa.) Ausente. O Ver. João Carlos Nedel está com a
palavra para discutir a Pauta. (Pausa.) Ausente. Eu, Ver. Ervino Besson, desisto,
porque eu falaria no mesmo assunto do Ver. Luiz Braz. Então, faço minhas as
palavras do Ver. Luiz Braz. O Ver. Professor Garcia está com a palavra para
discutir a Pauta.
O SR. PROFESSOR GARCIA: Sr.
Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, há um Projeto, de
autoria do Ver. Dr. Goulart,
que faz algumas alterações na legislação que hoje é facultativa, sobre a
colocação de dispositivo luminoso nos veículos que compõem a frota de táxi. O
Vereador quer que isso seja obrigatório, uma situação que nós temos que
discutir mais, entre nós, Vereadores, e a própria categoria.
O
Sr. João Bosco Vaz: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Sobre esse Projeto dos táxis,
só para esclarecer, aqui nesta Casa, já estiveram dois Projetos parecidos, mas
num outro sentido. Um do então Vereador Mendes Ribeiro Filho, hoje Deputado, e
outro deste Vereador. Nós queríamos colocar um dispositivo nos táxis para que,
quando algum paciente estivesse com problema, o táxi pudesse ir com mais
urgência para o Hospital de Pronto Socorro. Isso foi proibido, considerado
inconstitucional, porque, para o táxi, só se aplica a Lei de Trânsito, que é Lei Federal, e nós não temos
condições de legislar sobre essa parte, na Casa.
O
SR. PROFESSOR GARCIA: A
minha preocupação, justamente, é a questão do facultativo e do obrigatório. É
uma discussão que é importante trazer, porque eu sempre coloco aos Vereadores -
e eu sei que o Ver. João Antonio Dib tem a mesma opinião - da importância do
período de Pauta, porque eu faço uma analogia, Ver. Dib: eu comparo o período
de Pauta com um baile de debutantes, ou seja, é a apresentação do filho ou da
filha do Vereador à sociedade. O Projeto de Lei nada mais é que o nosso filho
que nós apresentamos à sociedade, e, no caso aqui, os Vereadores vão colocar
suas opiniões.
Então,
o Projeto vem, e é o primeiro período; então, este é o momento em que os
Vereadores podem fazer suas alterações, colocar suas posições para o
aprimoramento.
O
SR. PROFESSOR GARCIA: Tudo
bem, acho que é o canal democrático que se coloca aqui, a favor ou contra.
Vejo
também a questão do Município, que autoriza a permuta do próprio municipal, na
Rua Jacinto Godoy, [com propriedade particular] para permissão de uso à
Associação de Pais e Amigos do Centro Abrigado Zona Norte - Apacazon. Eu acho
que é importante, porque eles fazem um grande projeto social, e o atendimento a
essas crianças que estão em situação de vulnerabilidade em Porto Alegre é uma
contrapartida que o Município deve fazer. Então, entendemos que é um Projeto
que deve ser aprovado pela totalidade dos Vereadores.
Vou
me fixar nesses dois Projetos, que acho importantes, embora haja outros aqui
tramitando, como o da Verª Maristela Maffei, que concede Diploma Honra ao
Mérito ao Sr. Roni Ângelo Ferrari, que é o responsável pela Casa da Sopa, na
Restinga, que também faz um belo trabalho. Muito obrigado, Sr. Presidente.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Ervino Besson): O
Ver. Carlos Comassetto está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.)
Ausente. O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para discutir a Pauta.
O
SR. JOÃO ANTONIO DIB: Ver.
Ervino Besson, que preside os trabalhos neste momento; Sras. Vereadoras e Srs.
Vereadores, nós temos hoje, em Pauta, dez Projetos. Na Ordem do Dia, já estão
incluídos os Projetos de 2002, 2003, 2004 e até de antes disso; há 135. E deve
haver uma meia centena de requerimentos para serem votados. Alguns
requerimentos solicitando renovação de votação, de autoria de Vereador que já
não está mais na Casa. Mas estão lá todos para serem votados. Acho que deveria
haver um expurgo, pelo menos dos requerimentos.
Mas
aqui há dois Projetos que estipulam dias. Eu acho que vou fazer um projeto
também sobre o dia, só que vou fazer de 365 dias. Trezentos e sessenta e cinco
dias de cumprimento do dever! Todos esses dias, nós vamos ter de cumprir o
nosso dever. Acho que aí nós vamos melhorar, e fica tudo marcado; são todos os
dias, porque nós temos dias para tudo o que é coisa, e, no final das contas, deve
haver mais do que 365 dias. Eu acho que é aquilo que fizemos com os prêmios:
temos que reduzir.
Aqui
há uma permuta de imóvel do Município com propriedade particular, visando a
atender a Associação de Pais e Amigos do Centro Abrigado da Zona Norte. Acho que
vale a pena, deve ser considerado.
Nós
temos também o Município desafetando área de uso comum do povo, na Rua Ivo
Janson, só que não consta a razão da desafetação, mas parece que é para ceder
também a uma associação que parece ter direito a esse terreno.
E
eu acho que o Ver. Garcia colocou bem: este é o momento de tomarmos
conhecimento do que está entrando na Casa: projetos outorgando prêmios,
projetos denominando logradouros, projetos alterando leis existentes, o Projeto
do Ver. Goulart, que quer dar um meio de proteção aos taxistas, que, às vezes,
são assaltados e mortos, especialmente durante a noite; fora os que são
assaltados e, felizmente, não sendo maltratados, mas têm levados os seus parcos
ganhos de um dia ou de uma noite. Como bem foi frisado pelo Ver. Professor
Garcia, deve ser apurado, inclusive com a classe dos motoristas de táxi, se
realmente é do interesse deles ter esse tipo de equipamento e para saber se vai
funcionar mesmo.
O
resto são projetos que não precisam de discussão maior. Os projetos devem ser
aprovados, quando se referem à denominação de rua, apesar de não serem
considerados uma coisa importante. Eu sei que todos aqueles que moram nas ruas
com letras do alfabeto ou com número prefeririam, sem dúvida nenhuma, morar em
ruas com denominação definida, homenageando uma ave, uma árvore, uma pessoa, um
fato histórico - não importa qual, mas gostariam. Menos um que denomina Rua do
Urubu, pois acho que ninguém quer morar nessa rua - eu já disse isso num
projeto de lei que passou por aqui. E temos que considerar também que projetos
de lei que denominam logradouros já não vêm mais ao Plenário, só se toma
conhecimento no dia da Pauta. Depois, as Comissões os examinam, e, os
aprovando, eles são encaminhados ao Executivo para serem transformados em Lei.
Acho que nós evoluímos nisso, alteramos a Lei Orgânica - foi proposição deste
Vereador -, e eu acho que vai bem. Agora, nós precisamos cuidar da excessiva
presença de projetos na Ordem do Dia. Hoje, há 135; alguns do ano 2000; alguns
do ano passado, poucos deste ano. Há uma meia centena de requerimentos - como
eu disse antes - que não têm sentido nenhum. Medidas de apoio, de reprovação já
não têm mais sentido. Eu acho que os requerimentos deveriam ser examinados,
para não encher o papel, não encher o computador de requerimentos que não serão
mais votados. Saúde e PAZ!
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Ervino Besson): Obrigado, Ver. João Antonio Dib. Está
encerrada a discussão da Pauta.
O
Ver. Dr. Goulart está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. DR. GOULART: Meu prezado Presidente, Ver. Besson; Sras
Vereadoras - que, na verdade, é uma só, nesta tarde -; Srs. Vereadores, e uma
especial atenção ao meu mestre Antonio Dib. Enquanto todo mundo está falando
sobre o tal germe acinetobacter, que
está espalhado pelas UTIs, enquanto todo mundo está falando no aedes aegypti - e, até agora, nós não
temos nenhum caso nativo, ou seja, que tenha sido pego aqui, mas só casos
importados de outros Estados -, eu vou voltar a falar sobre um problema que
permeia a Saúde há anos - e nós tínhamos que nos insurgir contra isso -, que é
a famigerada Central de Marcações. Vocês sabem como é que funciona a Central de
Marcações? Numa sala fechada, com 20 computadores, hoje lá estão sentadas, vis-à-vis,
20 estudantes de 1º e 2º Graus, cada uma com o seu computador. A Unidade de
Saúde telefona para lá e pede uma consulta especializada, porque consulta com
clínico geral, pediatra, ginecologista e obstetra tem no posto de saúde. Não,
não; vamos falar de um neurologista, de um cirurgião de varizes, de um
artroscopista - ortopedista que trabalha com articulações. E aqui, neste
Plenário, casualmente, eu tenho duas pessoas que estão aguardando para levar
seus familiares, há três anos. Casualmente, são duas pessoas que, por acaso,
lei da sucessão dos fatos, aqui se encontram, a Maria do Carmo, que foi minha
colega por muito tempo, e o Flávio Abelha, que é meu companheiro de jornadas
esportivas há muitos anos.
O
que acontece? As meninas recebem as ligações, meia hora de manhã e meia hora de
tarde, durante 30 minutos pela manhã e 30 minutos à tarde. Pela manhã, é a
Capital; à tarde, são os Municípios do Rio Grande do Sul, que concorrem com 48%
das indicações de consulta; 52% fica para a Capital. Se vocês disserem que a
Capital é à tarde e o Município é pela manhã, também pode ser, mas é assim.
Então, as meninas vão ao computador e digitam para daqui a
dois, três anos a consulta especializada. O que acontece quando chega a data? A
pessoa mudou de endereço, foi embora, a pessoa pagou, rifou, vendeu suas coisas
e pagou, ou morreu, como dizem os Vereadores Haroldo e Dib. Às vezes, a pessoa
falta à consulta, e isso não é substituído. O médico não poder ter um overbooking,
ou ter uma marcação a mais, ou atender uma pessoa extra, que venha ali
sentindo pavor, com a sua articulação fervendo e doendo sem poder se locomover.
Não pode! É proibido atender! Que perversão é essa que tem o sistema? Nós,
Vereadores, vamos ter que nos posicionar sobre isso! Isso não é nada da
Gestão Fogaça, isso não é nada da Gestão Eliseu Santos, sequer Osmar Terra,
sequer Fontana, sequer Barcellos, não, não! Isso vem do Fernando Henrique, vem
do Lula... Não é de uma pessoa isso; isso é do Sistema de Saúde brasileiro, e
nós temos que dar um basta, temos que dar um pára, porque as pessoas vêm
correndo até nós imaginando que a gente, com uma vara mágica, possa resolver
esse problema. Às vezes, a gente até acha que pode, e não pode é nada! E não
pode é nada, porque o Sistema é vedado, o Sistema é fechado, o Sistema é
obtuso, o Sistema é malvado, é perverso, não permite esse atendimento!
Isso foi só um preâmbulo, porque é muito pouco o tempo para
falar. Vou retomar esse assunto e acho que, junto com a Comissão de Saúde, a
gente tem que dizer - em todo o Brasil é assim - que em Porto Alegre vai ter de
ser diferente. Tem que ser diferente! Quando se marcava consulta direto no
Serviço, direto na Beneficência, direto no Clínicas, as pessoas não se
queixavam tanto, Ver. Dib - V. Exª lembra disso. Nem sempre foi assim; quando
surgiu a Central de Marcações, começou a ser assim. Alguma coisa temos que
fazer, e eu peço a atenção dos Vereadores para isso. Vou retomar o assunto
brevemente.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Ervino Besson): Obrigado, Ver. Dr. Goulart. Ver. Dr.
Goulart, por gentileza, eu pediria que V. Exª assumisse a presidência dos
trabalhos para eu falar em Liderança pelo meu Partido.
(O Ver. Dr. Goulart assume a presidência dos trabalhos.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): O Ver. Ervino Besson está com a palavra
para uma Comunicação de Líder.
O SR. ERVINO BESSON: Meu caro Dr. Goulart, na presidência dos
trabalhos; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras; senhoras e senhores
que nos assistem nas galerias e pelo Canal16, da TVCâmara, eu queria saudar
todos!
Muito obrigado ao meu querido colega Ver. João Bosco Vaz,
que há pouco usou esta tribuna e fez um brilhante pronunciamento prestando
contas do seu trabalho. Como eu já disse, Ver. João Bosco, não é difícil
governar; é só colocar a pessoa certa no lugar certo. E V. Exª foi colocado
pelo nosso querido Prefeito e é a pessoa certa no lugar certo. É assim que se
governa, é isso que a população de Porto Alegre espera dos seus representantes.
Meu
caro Presidente Ver. Dr. Goulart, V. Exª, que é um médico de ponta, um médico
que tem conhecimento como poucos, até pelo seu trabalho profissional, que
atende a população mais carente da nossa Cidade e que acompanha, dia a dia, o
sofrimento do nosso povo - é dengue, é essa bactéria que está tomando conta das
UTIs nos hospitais... Enfim, que situação o nosso povo está vivendo no dia de
hoje! E a gente, que lê os jornais durante o dia, que acompanha a imprensa...
Sempre que tenho oportunidade, eu falo, nesta tribuna, sobre esses crimes
bárbaros que acontecem, essa barbárie que acontece e que destroem centenas e
centenas de vidas. Esse jovem de 16 anos que confessou ter matado 12 pessoas;
12 pessoas! Eu acho que nós vamos retomar, aqui nesta Câmara e em outros
Parlamentos, a discussão sobre a redução da idade penal. Eu acho que temos que
retomar essa discussão, e a população tem que nos ajudar e ajudar todos os
Parlamentos com uma ampla e profunda discussão a respeito da redução da idade
penal.
Mas
o que me preocupa, meus caros colegas Vereadores, vocês que nos assistem pela
TVCâmara, é o fato de um jovem, que foi pego e confessou ter matado três
pessoas - três pessoas! -, que foi colocado novamente na rua e matou mais nove
pessoas! E a nossa Justiça? E o nosso Poder Judiciário? E as pessoas que são
preparadas para avaliar? Porque, se nós temos, aí, na FASE, enfim, o Juizado da
Infância e Juventude e o próprio presídio, eu acho que, quando uma pessoa é
colocada em liberdade, ou no semi-aberto, ou em liberdade condicional, ele tem
que passar por uma avaliação, com um assistente social ou com uma pessoa que
seja preparada e que possa avaliar se aquela pessoa tem condições de conviver
com a sociedade. Como é que é feita essa avaliação?
E
o que nos preocupa - e a gente está vendo, dia a dia, meu caro Presidente, Dr.
Goulart, que preside os trabalhos nesse momento - são esses crimes bárbaros, de
arrepiar qualquer cidadão e qualquer cidadã, a maioria deles é praticado por
pessoas do semi-aberto, em liberdade condicional. Isso nos preocupa. O nosso
querido Poder Judiciário, nossos juízes e as pessoas que têm a
responsabilidade... Acho que temos que fazer uma avaliação muito mais profunda.
A sociedade não pode mais pagar o que está pagando hoje, pois estão destruindo
famílias esses bárbaros crimes que estão acontecendo! São todos os dias! Então,
essa pessoa tem que ler os jornais, tem que acompanhar isso de perto, no
dia-a-dia! Essa era uma pessoa que teria que estar presa, tinha que estar
“entre sete chaves”, e não junto com a sociedade, porque não tem condições de
conviver com a sociedade! Eles matam uma pessoa como matam um bicho, um animal! E esse
adolescente confessou, com uma frieza, dizendo que, antes de matar uma das
vítimas, ele pegou e cortou um pedaço do dedo com um alicate; apertava a unha
das pessoas. Pelo amor de Deus! Só de ler e ouvir as notícias, nós ficamos
arrepiados, Presidente, que dirá o sofrimento dessas pessoas! Que sofrimento
bárbaro, brutal! Será que o ser humano merece passar por um sofrimento de
tamanha dor? E, de repente, uma pessoa como essa fica presa um ano, dois anos,
sei lá, talvez nem isso, e é colocada na rua, novamente, matando mais gente,
destruindo famílias, enfim.
Portanto, meu caro Presidente, nós, aqui, como
Vereadores, e todos os demais segmentos da sociedade, acho que é o momento de a
nossa sociedade se levantar, e cada um deve dar a sua parcela de colaboração,
enfim, para nos ajudar; acho que, cada vez mais, temos que estar unidos,
integrados - a sociedade com as nossas instituições -, para que possamos não
digo acabar, mas, pelo menos, aliviar o sofrimento de centenas e centenas de
famílias. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
(O
Ver. Ervino Besson reassume a presidência dos trabalhos.)
O SR. PRESIDENTE (Ervino Besson): Obrigado, Ver.
Dr. Goulart.
O Ver. Luiz Braz está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. LUIZ BRAZ: Ver. Ervino Besson, na
presidência dos trabalhos; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras;
senhoras e senhores, eu tomo muito cuidado com as notícias que leio na
Internet, porque algumas dessas notícias são plantadas ali e não condizem com a
verdade. Mas, quando uma rede tão importante como a Bandeirantes trata do
assunto, eu começo a retirar essa limitação que tenho de acreditar naquilo que
é veiculado pela Internet, Ver. Haroldo de Souza. Imaginem V. Exas que um dos maiores sonhos do
cidadão é possuir a sua casa própria. Todas as pessoas merecem ter uma casa
para morar, e essa é uma das maiores dificuldades de boa parte da nossa
população pobre.
Imaginem
os senhores; imagine,Ver. Ervino Besson, que, em São Paulo, foi criada uma
cooperativa chamada Bancoop. Essa Cooperativa, com esse nome de Bancoop, era
presidida, nada mais, nada menos, do que pelo Presidente Nacional do Partido
dos Trabalhadores, o Sr. Ricardo Berzoini. A Bancoop acabou atraindo cerca de
três mil pessoas com o sonho de ter a sua casa própria. Só que essas pessoas,
que deram o seu dinheiro para comprar a casa própria, viram-se lesadas; esse
dinheiro da Cooperativa Bancoop foi parar nas campanhas do Partido dos
Trabalhadores. E é exatamente essa denúncia que está sendo investigada, neste
instante, pelo Ministério Público Federal, que, infelizmente, ainda não tem a
participação da Polícia Federal, mas que não pode ficar oculta, porque a única
rede de comunicações que transmitiu essa notícia, Ver. Haroldo de Souza - sem
ser a Internet -, foi a Rede
Bandeirantes, e eu não estou querendo aqui enaltecer a Bandeirantes ou diminuir
qualquer outra, mas foi a única rede que tratou sobre esse assunto da Bancoop
até agora.
E
é realmente criminoso, porque hoje nós estamos recebendo aqui, na Cidade - eu
não quis ir lá, porque, primeiro, eu tenho a obrigação aqui, com a Cidade, e eu
tinha que vir aqui na Câmara Municipal; o Palácio do Governo Estadual me
convidou para estar presente, e eu disse que tinha obrigação, primeiro, com a
Câmara Municipal -, o Presidente da República, o Sr. Lula da Silva, que é do
Partido presidido pelo Sr. José Berzoini. E eu acredito que ele deve prestar
contas, porque é impossível que ninguém saiba de nada, as pessoas lavam as
mãos. Três mil pessoas foram lesadas com relação à casa própria, e parece que
essa notícia não chama a atenção de ninguém. Três mil pessoas foram lesadas por
uma cooperativa presidida pelo Presidente Nacional do PT! E essa notícia fica
soterrada sob outras notícias daquele planejamento do próprio Presidente da
República: “Vamos fazer a nossa agenda positiva”, e aí só as notícias positivas
que saem nas grandes redes, porque, afinal de contas, é muito dinheiro
distribuído através das agências de publicidade. Então, essas notícias, como é
o caso, por exemplo, dessa da Bancoop, ficam em segundo plano, mas eu quero
cumprimentar a Rede Bandeirantes de Televisão, que tratou desse assunto, que
não está deixando o assunto morrer, que está, todos os dias, dando informações
a respeito dessa tal de Bancoop. Mas é muito importante - e o Ver. Ismael, que
lida muito com cooperativas -, até para que as pessoas acreditem na
possibilidade de conseguir a sua casa através das cooperativas, que esse
assunto da Bancoop seja bem explicado, seja bem resolvido - Ver. Bosco está
falando em cifras, em 43 milhões de reais -, que isso tudo possa ser muito bem
explicado, porque é mais um crime dessa quadrilha que nós temos em alguns
setores de poder do nosso País.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Ervino Besson): Muito
obrigado, Ver. Luiz Braz.
O
Ver. João Antonio Dib está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr.
Presidente, nobre Ver. Ervino Besson; Sras Vereadoras, Srs.
Vereadores, é pouca a freqüência do Plenário neste momento, mas o nosso
Presidente da República está sendo recepcionado por muitos dos nossos colegas.
Talvez seja o momento de falar um pouco do nosso Presidente da República.
O
Brasil tem uma série infindada de ONGs - Organizações Não-Governamentais -, e
essas ONGs recebem dinheiro do Governo Federal. E, aí, a coisa fica um tanto
quanto complicada. Eu vejo o Congresso Nacional falando em CPI das ONGs, mas
não vejo o que está acontecendo.
Mas,
agora, no Rio de Janeiro, uma ONG recebeu 20 milhões de reais do Governo
Federal para assessorar o Instituto Oswaldo Cruz. Ora, assessorar o Instituto
Oswaldo Cruz! Mas eu acho que o Instituto Oswaldo Cruz está em condições de
assessorar todo o Brasil!
Não
encontro, no meu pensar, uma ONG com condições de dar assessoramento ao
Instituto Oswaldo Cruz, que é uma glória nacional, é um Instituto respeitado no
mundo inteiro. A ONG vai fazer assessoria ao Instituto Oswaldo Cruz!
Há
poucos dias, li nos jornais, e não inventei, que o Presidente concedeu ao MST -
Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra - quatro milhões de reais para fazer uma
determinada atividade, e os quatro milhões foram desviados. O Tribunal de
Contas verificou que o MST não usou o dinheiro como deveria ter usado, e não
sabe para onde foi.
Agora,
eu me pergunto: se o MST não tem personalidade jurídica, como é que o Governo
dá dinheiro a uma entidade que não tem personalidade jurídica? Aliás, nem é uma
entidade, é um agrupamento que não tem personalidade jurídica, e ele dá quatro
milhões! Por que não deu a um Município? Eu não posso entender!
Dá
20 milhões para uma ONG assessorar o Instituto Oswaldo Cruz, mas e por que não
dá para o Governo do Estado do Rio de Janeiro, para a Prefeitura do Rio de
Janeiro, para combater a dengue? Estão morrendo pessoas! Por que não?
Acho
que o problema das ONGs deve ser revisado neste País. Qualquer um faz uma ONG e
já sai distribuindo e recebendo benesses. Há ONGs e ONGs. Há umas que tem as
pessoas que giram no seu entorno, conseguem contribuições da empresa privada,
de pessoa física e conseguem fazer alguma coisa. Mas essas que recebem altas
somas do Governo Federal, eu tenho todas as dúvidas... Isso é igual ao
mensalão. O mensalão foi dado para quem apoiasse o Governo Federal, assim como,
no dia 28 de dezembro, ele emitiu uma Medida Provisória ou um Decreto, fazendo
com que a Bolsa Família fosse
outorgada também aos jovens de 16 e 17 anos - até esse dia, era até 15 anos.
Mas até 15 anos não vota. Agora, de 16 e 17 anos, vota. Neste ano, vão votar os
jovens de 16 e 17 anos e vão receber Bolsa
Família, e, para não ter dúvidas, a data do documento era 28 de dezembro
e foi publicado no dia 28 de dezembro, porque o Tribunal Superior Eleitoral
poderia considerar, no ano da eleição, como medida eleitoreira, e teria
problemas, e teria de explicar. Eu acho que o Presidente está aqui noticiando
para nós obras, e nós queremos as obras, nós precisamos das obras, mas eu acho
que o Presidente tinha de ter mais seriedade; ele tinha de ficar muito mais
tempo cuidando dos grandes problemas deste País, desse Congresso que tem
subordinação ao Presidente da República, pela sua maioria, onde alguns lutam
denodadamente tentando terminar com as malditas Medidas Provisórias, que não
são constitucionais na maior parte delas, não são aceitáveis, não há
aceitabilidade ou acessibilidade para que sejam emitidas, e ele vai fazendo
Medidas Provisórias, Medidas Provisórias quando quer criticar todos os outros.
E eu acho que é chegada a hora de o nosso Presidente se preocupar em governar o
País com um Parlamento honesto, sério, responsável e competente. Saúde e PAZ.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Ervino Besson): Obrigado,
Ver. João Antonio Dib.
O
Ver. José Ismael Heinen está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Exmo Sr. Ver. Ervino Besson,
nosso MD Presidente desta Sessão de hoje; nobres colegas Vereadores, Vereadoras
da nossa Câmara de Porto Alegre, eu estava observando o discurso inflamado de
indignação, inflamado de protesto do nobre colega Luiz Braz sobre denúncias
vivas e também tive a oportunidade, Vereador, de assistir a esse comentário da
Band, assisti do início ao fim. Para colaborar, existem, no meio desse Bancoop,
cheques destinados ao Partido dos Trabalhadores, esse é o fato mais grave. A
sede dessa cooperativa era usada para dar dinheiro ao PT. Foram no endereço,
entrevistaram a dona do prédio e disseram que lá nunca houve cooperativa
nenhuma, apenas iam lá para pegar os papéis do correio. Agora, realmente, causa
espécie que apenas a Band está divulgando, mostrando, comprovando, mostrando
cheque; este é o nosso País! Não nos adianta ter progresso; como se aqui não
houvesse miséria, como se aqui, a casa própria... Até um salário mínimo é
dificultado em tudo! Se não tivermos os nossos direitos, se não tivermos leis
para cumprir, se não tivermos uma vida digna, respeitosa, porque não nos
adianta uma pátria grande, rica, sem termos a fé da honestidade, da crença nas
suas instituições.
Nosso
País está muito longe - ele é rico, mas - de chegar à riqueza que ele possui,
há um caminho árduo a ser enfrentado, estamos muito longe.
Tivemos,
na semana retrasada, na CUTHAB, diversas cooperativas, diversos condomínios,
para discutir sobre a Resolução nº 518, é uma dificuldade; o PAC, tudo bem,
aquele que ganha mais, tudo bem, é agilizado. Agora, imaginem os senhores que,
para liberar um projeto para a cooperativa, para aqueles que ganham até um
salário mínimo ou que estejam desempregados, mais de 19 documentos são
necessários; tem que provar que, além de ser honesto, que ele é honesto mesmo,
que ele não tem nada no Serasa, que ele não tem nada no SPC; agora, imagina, é
um projeto para desempregados e para quem ganha até um salário mínimo.
Tive
a felicidade de conversar com nosso Líder do Democratas, que encaminhou um
Projeto na Câmara Federal, onde consta que a garantia desses projetos sociais,
que é de 11 mil reais a fundo perdido, é o próprio imóvel; agora, qual é o
desempregado que ganha até um salário mínimo, neste País que nós estamos vivendo
hoje, que não vai estar pendurado no SPC? É só pegar o telefone e, de repente,
fazer uma ligação errada, ele não tem como pagar, está no SPC. E a Comissão lá
da Câmara parece que rejeitou pela segunda vez. Mas nós vamos insistir. A Caixa
poderia minimizar isso, porque esse é o verdadeiro fator social.
Eu quero, aqui, no tempo de Liderança, dizer que,
no dia 28 de março, me surpreenderam, no jornal Diário de Notícias e no jornal
Zero Hora, três flagrantes sobre faixas de segurança. E nós temos três Projetos
e temos batido muito em cima disso, uma Semana de Conscientização, que esta
Câmara votou e aprovou. Eu sempre digo que não se gastam cinco minutos numa
faixa de segurança para nós vermos a aberração que é cometida aqui em Porto
Alegre tanto pelos motoristas como pelos pedestres. E o jornal Zero Hora
flagrou carros passando com o sinal fechado, carros estacionados em cima de
faixa de segurança, enquanto o pedestre tem que transbordar. Tem gente, aqui,
disputando espaço, carro e pedestre, em cima das faixas de segurança. Eu
costumo dizer, nobre Ver. Luiz Braz, que, se nós não tivermos a sensibilidade
de educar o povo de Porto Alegre, de fazer com que ele possa respeitar e ser
respeitado numa faixa de segurança, nenhuma outra lei vai ser respeitada no trânsito
de Porto Alegre. Este é o referencial, o respeito mútuo do pedestre e do
motorista, porque o motorista é pedestre também em algumas horas. E o pedestre,
também, em outros momentos, pode ser o motorista. Nós temos que insistir no
trânsito, porque o trânsito está levando tantas vítimas quanto as balas
perdidas desta nova República, desses assassinatos, desses roubos; o trânsito
está matando na mesma proporcionalidade, 35 mil/ano que morrem ali, na hora do
acidente; e calcula-se que mais uns 15, 20 mil morrem em conseqüência do
acidente, fora aqueles que ficam aleijados para o resto da vida.
Então, eu acho muito importante que tenhamos, aqui,
esta acuidade de lutarmos pelo respeito ao próximo e, principalmente, no
trânsito. E eu acho que a faixa de segurança é o referencial. Muito obrigado,
nobre Ver. Ervino Besson, pelo minutinho a mais, e nobres colegas.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Ervino Besson): Obrigado, Ver.
José Ismael Heinen.
O Ver. Haroldo de Souza está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. HAROLDO DE SOUZA: Sr.
Presidente; Srs. Vereadores
que aqui se encontram, poucos - Ver. Luiz Braz, Ismael Heinen, João Bosco Vaz,
João Carlos Nedel, João Antonio Dib -, subi aqui para falar rapidamente sobre
um Secretário que está retornando à Casa, um Vereador que está voltando para a
Casa, ex-Secretário, meu ex-comentarista de futebol, na Radio Gaúcha e que deu
demonstrações [de competência] lá, na Secretaria de Esportes, Municipal, Saúde
e Lazer.
Olha
o que tem aqui (Lê.): “Esporte dá Samba; Banco do Tênis, Torcida Solidária pela
Paz, Amigos do Esporte, Lei de Incentivo ao Esporte, Bonde da Cidadania, Social
Esporte Clube, O Brincalhão, Colônia de Férias, De Bem com a Vida, Social
Futebol Clube.” E por aí vai. Está escrito que, quando se quer trabalhar e
fazer política, as duas coisas se casam perfeitamente, trabalhar e fazer
política. Ao contrário de outros que não têm condições de chegar e apresentar
um jornal deste aqui, não tem o nome dele, não é usado na matéria o nome do meu
querido João Bosco Vaz, ex-comentarista e que deu certo, muito certo como
Secretário, que é uma das peças de destaque da política do Rio Grande do Sul, e
cada vez firmando mais.
Ao
contrário, eu custo a acreditar que seja verdade, mas, pelo que estão falando
por aí, o Vereador-Secretário Beto Moesch nos deve alguma explicação, aqui na
Casa, numa reunião com os Líderes, todos os Vereadores, no salão nobre, sei lá,
para que se possa confirmar ou não o que se diz por aí a respeito da sua
opinião sobre a Câmara Municipal de Porto Alegre, onde ele é um brilhante
Vereador e é um bom Secretário, não posso dizer que é ótimo, é um bom
Secretário, mas nos deve, sim, uma explicação, porque, Dr. Goulart - que também
está presente aqui -, aqui não tem moleque; nesta Câmara, não, não tem, não tem
mesmo!
Eu
peguei os resíduos da semana, os Projetos que seriam discutidos nesta Casa,
hoje, na Ordem do Dia, quando, certamente, não teremos quórum, Luiz Braz,
certamente não teremos. Um projeto do Ver. José Ismael Heinen, importante, mexe
com o Regimento; do Ver. Raul Carrion, hoje Deputado, que mexe com instalação
individual de hidrômetros nas edificações, é importante; tem aqui da Verª Neuza
Canabarro, não está presente, mas este não acho tão importante; mas tem aqui,
um Projeto importante, do Ver. Claudio Sebenelo, que dá nova redação sobre
exibição de animais da fauna exótica; outro importante Projeto é do Marcelo
Danéris, do PT, sobre a Lei Orgânica do Município; importante, do João Carlos
Nedel, e este está presente, sobre calendário de eventos do Município de Porto
Alegre. Eu também vou começar a criar calendários de eventos, porque o que
se cria de calendário de eventos oficiais no Município de Porto Alegre... É
importante o da Margarete Moraes, que institui Espaço Cultural no Mercado
Público Central, mas ela não está presente. Enfim, não teremos a Ordem do Dia.
Meu querido João Antonio Dib, a presença de um
Presidente da República numa cidade - e seja onde for, e seja o Presidente que
for, de que Partido for - merece, sim, a presença do Presidente da Câmara
Municipal de Porto Alegre, do Líder do Governo, do Prefeito, do Vice-Prefeito,
do Governador, do Vice-Governador. Tudo bem! Mas uma Câmara Municipal como a de
Porto Alegre, que diz que é um exemplo para o País, está dando uma de Teresina,
no Piauí; lá, sim, é que se fazem essas coisas quando chega o Presidente da
República! Mas nós não somos iguais a eles, por favor! Não vamos ter a Ordem do
Dia com projetos que, em breve, começam a trancar aqui, porque o Presidente da
República está na cidade de Porto Alegre! Não falo por ser o Lula; fosse o
Fernando Henrique Cardoso, o Fernando Collor, o José Sarney, seja quem for o
Presidente, não se pode interromper o trabalho de uma Câmara Municipal como a
de Porto Alegre, onde pregamos que aqui se trabalha, aqui se faz, aqui é sério,
mas, porque o Presidente da República está na Cidade, a Câmara não está
funcionando. Está aqui também o Ver. Brasinha, que eu não havia citado. A
impressão que tenho é a de que estou em Caruaru, Pernambuco, ou em Ituiutaba,
interior de Minas Gerais. Eu acho que não é por aí!
Está
tão difícil a gente chegar e pedir junto à sociedade: “Por favor, o trabalho
que nós fazemos como Vereador... E estou aqui de novo pedindo a colaboração de
vocês para mostrar o que pode ser feito pela cidade de Porto Alegre...”, e uma
série de coisas que eu não gosto nem de falar aqui, muito menos falo na rádio;
mas como somos recebidos? Exatamente como aqueles políticos... Mas aqui, na
Câmara Municipal de Porto Alegre, não! Esta Casa, Ver. João Antonio Dib, não
merece que, pela presença de um Presidente da República... Eu espero que não
seja isso, eu espero que as justificativas daqueles que, na hora em que pedir a
Ordem do Dia não estiverem aqui, sejam porque está fazendo uma cirurgia, porque
é um médico ou porque é um Vereador comum que está atendendo uma creche que
está desabando, ou coisa parecida com isso, mais ou menos parecida com isso,
mas porque foi ao Presidente da República - e repito, não é porque é Lula,
fosse o Fernando Henrique, quem fosse, parar uma Câmara Municipal, que se diz a
mais séria e a mais exemplar do País, porque o Presidente da República está aí? Não!
Mas não mesmo!
Mais uma vez, cumprimento o João Bosco Vaz. Um bom
retorno para você, e que você continue com o mesmo sucesso de até aqui. Também
está aqui o Ver. Elias Vidal. Enfim, a gente fica triste.
Na Câmara Municipal de Caruaru, em Pernambuco, é
uma coisa; em Feira de Santana, na Bahia, é outra coisa; agora, em Porto
Alegre, não. Isso é profundamente lamentável. Eu fico triste com isso, porque
estou no meio da política e gostaria que a política fosse feita com um
pouquinho mais de seriedade, pelo amor de Deus: a Câmara Municipal de Porto
Alegre não merece esse tipo de comportamento. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Ervino Besson): Obrigado, Ver.
Haroldo de Souza.
O Ver. Newton Braga Rosa está com a palavra em
Tempo Especial, para fazer um relato de sua viagem à Alemanha.
O SR. NEWTON BRAGA ROSA: Meu caro
amigo, Ver. Ervino Besson, parceiro de um dos Projetos que mais satisfação me
deu aqui nesta Casa, muito obrigado.
O objetivo desta minha intervenção, em Tempo
Especial, é para fazer um relato da viagem que fizemos a CeBIT - Feira
Internacional de Tecnologia de Informação, Telecomunicações, Softwares e
Serviços -, em Hannover, no mês de março, para avaliar a possibilidade de
trazer para Porto Alegre a realização desse evento setorial.
Cabe lembrar que esse trabalho iniciou-se há muitos
anos. Na década de 90, o Brasil participava da Feira, e eu era encarregado de
fazer a avaliação das empresas, no sentido de identificar oportunidades e
coisas que deveriam ser melhoradas, de modo que as empresas pudessem ter uma
participação cada vez mais eficiente, Ver. Brasinha.
Há oito anos, a Softsul, uma instituição de Porto
Alegre, ficou encarregada de organizar a participação de empresas do Brasil
inteiro naquela Feira. Com isso, foi-se criando um relacionamento com os
diretores da instituição chamada Deutsche Messe AG, empresa responsável pela
elaboração de feiras na cidade de Hannover. A partir daí, surgiu a oportunidade
de trazer um braço desse evento, Ver. Haroldo, para Porto Alegre. Fomos, no ano
passado, fizemos contatos, recebemos temas de casa; os alemães ficaram com
temas de casa, cumprimos a nossa parte. Chegamos agora, em 2008, e tivemos
dificuldade de marcar agenda. Saímos de Porto Alegre sem agenda marcada, mas,
finalmente, no segundo dia da feira, no seu final, recebemos a informação de
que seríamos recepcionados pela diretoria. A reunião acabou ocorrendo no
sábado, às 13 horas. E, para nossa surpresa, estava lá o alto staff da
Deutsche Messe AG, que, diga-se de passagem, é uma empresa estatal da
Prefeitura de Hannover, criada para promover a cidade no mundo afora. Acredito
que ela foi muito bem sucedida, porque Hannover é uma cidade conhecida no mundo
inteiro.
Fizeram parte da nossa comitiva: da Câmara, eu e o
Ver. Carlos Comassetto; o Diretor-Presidente da Softsul, José Antonio
Antonioni; Ricardo Orlandini, Diretor Institucional da Softsul. Pelo lado dos
alemães, estavam presentes Wolfgang Lenarz, Vice-Presidente da Deutsche Messe
AG; Sandra Mathews, Gerente Comercial da empresa; Reinhold Umminger, Diretor da
Deutsche Messe AG, bastante conhecido de Porto Alegre. Enfim, estavam lá as
pessoas certas para que levássemos a cabo o nosso intento.
Tivemos oportunidade de avaliar o que eu passo a
relatar. Primeiro, para a nossa surpresa, o estudo de mercado, que era tarefa
dos alemães, não estava completamente concluído. Eles pediram um prazo, até
meados de maio, para realizar um estudo mais detalhado. E não só isso,
comunicaram que, se houver a feira na América Latina, já estão descartadas
outras cidades candidatas como São Paulo, Buenos Aires e Santiago, no Chile.
Porto Alegre, sim, será e é a cidade já escolhida. A dúvida que resta, depende,
agora, do estudo econômico que está em elaboração. Ficou decidido, também, que
a feira não será mais uma “miniCeBIT” realizada mundo afora; os alemães estão
mudando a estratégia, porque o objetivo é trazer público para a cidade de
Hannover. E aí vem uma nova definição, de que as feiras, fora de Hannover, não
serão mais uma “miniCeBIT”, e, sim, uma feira setorial com uma vocação bem
determinada. Levantamos a hipótese de que essa feira, em Porto Alegre, fosse, por exemplo, de
Software livre, já que aqui se realiza, há nove anos consecutivos, o Fórum
Internacional de Software Livre, entre outras alternativas ainda em estudo.
O
SR. NEWTON BRAGA ROSA: Obrigado,
Vereador.
O
Sr. Luiz Braz: V. Exª
permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Newton Braga Rosa, excelentes
os relatos como o que V. Exª fez agora na tribuna; eu ouvi V. Exª muitas vezes
fazê-los, abordando sempre temas ligados à ciência. Essa passagem de V. Exª
aqui pela Câmara nos enriqueceu muito. Eu acredito que uma Câmara de
Vereadores, realmente, precisa enriquecer os debates, trazendo, para
representar à sociedade, pessoas que têm esse seu quilate, essa sua qualidade.
Eu fiquei muito feliz em poder ter convivido esses meses com V. Exª aqui na
Câmara Municipal. Parabéns.
O
SR. NEWTON BRAGA ROSA: Obrigado,
Vereador.
O
Sr. Professor Garcia: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Prezado Ver. Newton Braga
Rosa, quero também dizer da importância de V. Exª na composição desta Casa. V.
Exª trouxe muito, trouxe um acréscimo na qualidade dos temas que sempre
envolveram de maneira profunda, trazendo subsídios, também pela sua seriedade. Tenho certeza de que esses anos foram
apenas o início de longos e longos anos que, certamente, Porto Alegre vai lhe
contemplar pelo seu mandato.
O
SR. NEWTON BRAGA ROSA: Obrigado,
Vereador.
O
Sr. José Ismael Heinen:
V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Nobre colega Vereador, em
nome do Democratas, em especial em meu nome, particularmente, quero fazer das
minhas palavras as de todos, por essa convivência maravilhosa que nós tivemos.
Com certeza, V. Exª trouxe a esta Casa e a nós, Vereadores, uma contribuição
fabulosa de conhecimento nessa área especifica em que V. Exª atua. Quero dizer
que esse afastamento vai ser momentâneo; se Deus quiser, estaremos novamente
aqui, daqui a alguns meses, todos juntos, trabalhando pelo bem-estar desta
Casa. Pelo convívio que nós tivemos, agradeço muito e desejo um feliz retorno,
com certeza. Felicidades.
O
Sr. Alceu Brasinha: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Newton Braga, tenho uma
admiração muito grande pelo senhor, porque o senhor é um extraordinário amigo,
competente Vereador, e, mais ainda, vou ficar com muita saudade do senhor,
porque, além de ser meu amigo, o senhor é cliente da minha loja! Aprendi a
gostar muito do senhor. Eu também já fui Suplente; graças a Deus, virei
Vereador titular. Certamente, no ano que vem, o senhor volta com tudo, “titularíssimo”!
Muito obrigado.
O
SR. NEWTON BRAGA ROSA: Muito
obrigado, Brasinha; vou continuar sendo seu cliente!
O
Sr. Dr. Goulart: V. Exª
permite um aparte? (Assentimento do orador.) Prezado amigo Ver. Newton Braga
Rosa, venho trazer as minhas despedidas e as do resto da nossa Bancada, dizendo
da satisfação de ter convivido como colega do amigo no tanto que me orientou
nessa parte que tanto me fascina, que é a tecnologia. Eu, para homenageá-lo, já
deixei V. Exª dar um prêmio, junto comigo, para um cidadão de Porto Alegre,
porque V. Exª merecia ter dado esse prêmio também para o Antonioni, não é?
O
SR. NEWTON BRAGA ROSA: Valeu
sua brilhante iniciativa. Parabéns!
O
Sr. Dr. Goulart: Que
bom! Quero dizer que vamos sentir sua falta não só como ser humano, mas pela
qualificação técnica que V. Exª tem, e quero dizer que a nossa Bancada entende
que V. Exª qualifica qualquer parlamento, faz falta em qualquer parlamento.
O
SR. NEWTON BRAGA ROSA: Ver.
Dr. Goulart, me honra ouvir essas palavras.
O
Sr. João Antonio Dib: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Newton Braga Rosa, quero
dizer a V. Exª Que, para mim, foi uma satisfação tê-lo sempre ao meu lado. Meu
colega engenheiro, técnico competente, mostrando que é importante que o
político tenha formação técnica, mas que também tenha sensibilidade política.
Sucesso na tua caminhada. Saúde e PAZ!
O
SR. NEWTON BRAGA ROSA: Muito
obrigado, Ver. Dib, decano desta Casa, que muito me inspirou.
O
Sr. Haroldo de Souza: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) O Brasinha não usou do merchandising
direitinho, ele vende pneus, nosso grande Alceu Brasinha! Meu querido, você
sabe das dificuldades que eu tenho com tecnologia e as contrariedades que tenho
também em relação às tecnologias, porque desempregou muito no mundo, no
planeta, mas essa é outra história. Quero dizer que tenho certeza de que a
gente se encontra no ano que vem aqui, neste Plenário, pela sua qualificação,
pela sua maneira de agir, como a sua maneira transparente de trabalho, como o seu
jeito de encarar a vida, e uma profissão como essa, que eu considero tão
difícil, que é ser Vereador, que é ser Parlamentar. Parabéns! Nos encontraremos
aqui ano que vem, com certeza!
O
SR. NEWTON BRAGA ROSA: Muito
obrigado, Haroldo.
O
Sr. João Bosco Vaz: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Vereador, falo em nome da
Bancada do PDT. Eu sei que este é um momento difícil, eu já fui aqui, em duas
Legislaturas, 1º Suplente. Numa delas, perdi por 12 votos para o Ver. Luiz
Braz. E, em todas elas, eu assumi dois anos, metade do mandato. E era muito
duro ter de sair de uma Casa que a gente gosta, de uma lide que a gente reclama
o dia todo, que é difícil, que é complicada, mas que a gente se esforça para
poder fazer o bem, poder fazer melhor. Não convivi com V. Exª aqui, porque
estava na Secretaria de Esportes, mas acompanhei seu trabalho, sua qualidade
pessoal, sua qualidade profissional. Sucesso! Estamos torcendo pelo seu retorno
no próximo ano. Um grande abraço.
O
SR. NEWTON BRAGA ROSA: Muito
obrigado, Vereador. Bom, depois dessas manifestações, só me resta encerrar,
agradecendo esta Casa, todos vocês. Foi uma oportunidade maravilhosa, um
trabalho que considerei gratificante. Encontrei pessoas muito trabalhadoras e
dedicadas aqui nesta Casa. Eu sempre digo: encontrei, na política, muitas
pessoas honestas e trabalhadoras.
Fico
aqui com a satisfação deste convívio, Ver. Ervino Besson, e espero, como já foi
dito, encontrá-los em breve. Muito obrigado. (Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Ervino Besson): Obrigado,
Ver. Newton Braga Rosa. Permitam-me os Srs. Vereadores, como estou presidindo
esta Sessão, neste momento, em nome dos demais Vereadores que não puderam estar
presente, transmitir nosso abraço, em nome da Casa. Hoje, pela manhã, na minha
chegada, encontrei o Ver. Newton; dei-lhe um abraço e disse: até breve.
Foi
uma honra muito grande para todos os Vereadores e Vereadoras ter convivido
nesse período com V. Exª, pelo seu conhecimento, pelo seu caráter, pela sua
grandeza de cidadão, além de ser professor. E, nessa sua passagem aqui, V. Exª
realizou um extraordinário trabalho pela cidade de Porto Alegre. Portanto, meu
querido Vereador, muito obrigado, que Deus ilumine o senhor, sua família e seus
alunos. Encerro dizendo até breve.
Solicito
abertura do painel eletrônico, para verificação de quórum. (Pausa.) (Após o
fechamento do painel eletrônico.) Quinze Vereadores presentes. Não há quórum.
Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.
(Encerra-se
a Sessão às 16h24min.)
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